Com certeza você já ouviu muito por aí que o colesterol é um dos grandes vilões para a nossa saúde, mas, ao mesmo tempo, é essencial para o funcionamento do nosso organismo. Representado basicamente por dois tipos, o LDL e o HDL exercem funções diferentes e seus níveis de concentração no corpo humano variam de acordo com uma série de fatores. É aí que entra a bike!

O LDL é conhecido como ‘colesterol ruim’ porque seu excesso está associado ao aparecimento de placas de gordura nos vasos sanguíneos, consideradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como base para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Já o HDL é chamado de ‘colesterol bom’ por transportar o excesso de colesterol até o fígado, que o sintetiza em bile e, posteriormente, elimina nas fezes.

Cerca de 70% do nosso colesterol é sintetizado pelo próprio organismo e os outros 30% vem por meio da dieta, mas diversos estudos têm apontado que a atividade física aeróbica (caminhada, natação, ciclismo, corrida, etc) também pode ser considerada outra aliada no controle do colesterol sanguíneo. Foi observado que, após programas de exercícios aeróbicos, mudanças benéficas ocorreram nos níveis e na composição do HDL e do LDL considerando indivíduos de diversas faixas etárias e níveis de capacidade cardiorrespiratória.

A explicação dessa melhora se dá, essencialmente, porque o exercício físico aeróbico parece estimular o correto funcionamento de enzimas envolvidas no metabolismo das gorduras, aumentando os níveis do HDL (‘colesterol bom’) e produzindo menos partículas aterogênicas do LDL (‘colesterol ruim’).

Em alguns desses estudos, constatou-se que indivíduos de meia idade que treinavam cinco vezes na semana em intensidade menor apresentavam resultados ainda mais significativos nos níveis de HDL quando comparados aos que treinavam três vezes por semana em intensidade maior, por exemplo. Ou seja, a prática da atividade física aeróbica de baixa à moderada intensidade, quando realizada de maneira regular, pode ajudar no aumento do nosso ‘colesterol bom’.

Como já se esperava, em vários deles, o aumento dos níveis de HDL mostrou depender também da perda da massa e da gordura corporal dos participantes dos programas, o que salienta o papel imprescindível da adoção de uma dieta equilibrada aliada ao exercício físico, obtida principalmente por meio de acompanhamento nutricional.

Acho que agora ficou claro porque temos mais um motivo pra atender a recomendação da OMS e praticar atividade física aeróbica de intensidade moderada por, no mínimo, 30 minutos no maior número de dias possível. Mais uma vez a bike leva a melhor. E o carro que se acostume com a garagem.

Por: MobikersFotos: Aleksandar Todorovic / Shutterstock.com

Disponível em: http://www.mobikers.com.br/vida-saudavel/precisa-reduzir-o-colesterol-andar-de-bicicleta-pode-ajudar-nessa-missao/.